COVID-19: vacina da Pfizer tem 85% de eficácia após 1ª dose, diz estudo

© AP Photo / Valentin BianchiLogotipo da farmacêutica Pfizer (imagem referencial).
Logotipo da farmacêutica Pfizer (imagem referencial). - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2021
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Com a comprovação da alta eficácia após a primeira dose, aumenta o debate sobre a necessidade de aplicar a segunda dose apenas 21 dias depois da primeira inoculação.

A primeira dose da vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech contra a COVID-19 tem 85% de eficácia, revela estudo com profissionais de saúde em hospital de Israel. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet nesta sexta-feira (19).

Os cientistas acompanharam 9.000 profissionais de saúde no hospital Sheba, perto de Tel Aviv, Israel. Cerca de 7.000 receberam a primeira dose da vacina e o restante não foi inoculado. Comparando os dois grupos, os pesquisadores calcularam que a vacina foi 47% eficaz entre um e 14 dias após a inoculação, aumentando para 85% entre 15 e 28 dias após a vacinação.

"O que vimos foi uma eficácia realmente alta logo após duas semanas, [e] entre duas semanas a quatro semanas após a vacina, já alta eficácia de 85% de redução da infecção sintomática", comemora Gili Regev-Yochay, coautora do estudo, citada pela agência AFP.

A cientista acrescentou que apesar da vacina ser "incrivelmente eficaz", os pesquisadores ainda estão estudando se pessoas vacinadas podem transmitir o vírus a outras.

"Essa é a grande, grande questão. Estamos trabalhando nisso. Isso não está neste estudo e espero que tenhamos boas notícias em breve", disse Regev-Yochay.

A Pfizer não comentou o estudo, afirmando em comunicado que estava fazendo sua própria análise da "eficácia da vacina no mundo real em vários locais ao redor do mundo, incluindo Israel". A empresa espera usar dados israelenses para analisar o potencial da vacina para proteger contra novas variantes do SARS-CoV-2, disse a farmacêutica.

Esta semana nos EUA, pesquisadores pediram aos governos que atrasem a administração da segunda dose da vacina da Pfizer contra a COVID-19. "Dada a atual escassez da vacina, o adiamento da segunda dose é uma questão de segurança nacional que, se ignorada, certamente resultará em milhares de hospitalizações e mortes relacionadas à COVID-19", alertaram os cientistas.

Israel já aplicou a vacina da Pfizer em 4,23 milhões de residentes, cerca de 47% de sua população, sendo que 2,85 milhões já receberam a segunda dose do inoculante.

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