Em declaração oficial, o G7 afirmou que pretende trabalhar em conjunto para "fazer de 2021 um ponto de inflexão para o multilateralismo e para moldar uma recuperação que promova a saúde e a prosperidade de nosso povo e planeta".
Em comunicado conjunto, os líderes do G7 prometeram a contribuição de mais US$ 4 bilhões (R$ 21,63 bilhões) para o COVAX facility, mecanismo de distribuição de vacinas a países em desenvolvimento, e o Acelerador de Acesso às Ferramentas COVID-19 (ACT, na sigla em inglês), projeto da OMS para coordenar os esforços globais para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos.
No total, os países do G7 asseguraram que o financiamento das iniciativas deve chegar US$ 7,5 bilhões (R$ 40,5 bilhões).
"Convidamos todos os parceiros, incluindo o G20 e instituições financeiras internacionais, a se juntarem a nós no aumento do apoio ao ACT, inclusive para expandir o acesso de países em desenvolvimento a vacinas aprovadas pela OMS, por meio da COVAX Facility", afirma o comunicado.
O G7 é formado pelo Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e os Estados Unidos. Este ano, o Reino Unido preside o G7 e deve sediar uma cúpula do grupo em junho.
PM @BorisJohnson welcomes his fellow G7 leaders to their first gathering since April 2020 and the first ever G7 meeting for 🇮🇹 PM Draghi, 🇯🇵 PM @sugawitter and 🇺🇸 @POTUS Biden pic.twitter.com/RkAJcU5pdk
— G7 UK (@G7) February 19, 2021
O primeiro-ministro Boris Johnson dá as boas-vindas aos seus parceiros líderes do G7 para sua primeira reunião desde abril de 2020 e a primeira reunião do G7 com o primeiro-ministro Draghi, primeiro-ministro Suga e o presidente dos EUA Biden
Os líderes das sete maiores economias afirmaram a intenção de buscar uma abordagem coletiva, incluindo o envolvimento com a China por meio do G20, para combater as políticas e práticas "não orientadas para o mercado".
"Com o objetivo de apoiar um sistema econômico global justo e mutuamente benéfico para todas as pessoas, vamos nos envolver com outras pessoas, especialmente os países do G20, incluindo grandes economias como a China", afirmaram os líderes.
"Como líderes, iremos consultar uns aos outros sobre abordagens coletivas para abordar políticas e práticas não orientadas para o mercado, e iremos cooperar com outros para tratar de questões globais importantes que afetam todos os países", acrescentou o comunicado.
Merkel faz apelo por vacinação global
Em sua participação na cúpula nesta sexta-feira (19), a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a Alemanha e outros países ricos podem precisar dar parte de seu estoque de vacinas aos países em desenvolvimento, além de dinheiro, já que apenas a vacinação de todo o mundo vai acabar com a pandemia do coronavírus.
Após a reunião, Merkel declarou que não foram discutidas as porcentagens específicas dos estoques de vacinas dos países que deveriam ser dadas aos países mais pobres.
"Enfatizei em minha intervenção que a pandemia não termina até que todas as pessoas no mundo tenham sido vacinadas", alertou.
Reino Unido promete doar excedente de vacinas
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, por sua vez, também prometeu doar as vacinas contra a COVID-19 excedentes aos países mais pobres do mundo.
O Reino Unido encomendou 400 milhões de doses de várias vacinas e tem sido criticado por comprar estoque elevado e privar outros países do fornecimento.
"Temos que garantir que todo o mundo seja vacinado porque esta é uma pandemia global e não adianta um país estar muito à frente do outro, temos que nos mover juntos", destacou o primeiro-ministro.
UE anuncia que dobrará contribuição para COVAX
A União Europeia anunciou um aumento na sua contribuição ao mecanismo de distribuição de vacinas a países em desenvolvimento, o COVAX. De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a contribuição do bloco passará de 500 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões) para um bilhão de euros (R$ 6,5 bilhões).
"Com este novo impulso financeiro, queremos garantir que as vacinas sejam entregues em breve aos países de baixa e média renda. Porque só estaremos seguros se o mundo inteiro estiver seguro", afirmou Ursula von der Leyen.
Além disso, a presidente da Comissão Europeia afirmou que o bloco fornecerá uma ajuda à África no valor de 100 milhões de euros (R$ 653 milhões) para auxiliar no processo de vacinação do continente.