A universidade russa informou em um comunicado que o estudo dos tecidos moles das espécies pré-históricas permitirá avaliar a diversidade de microrganismos cujos DNA e RNA podem estar conservados nos restos arqueológicos.
Além disso, os especialistas também estão tentando encontrar vestígios de vírus pré-históricos a fim de estudar a evolução dos agentes infecciosos.
"Faz-se um orifício no objeto e selecionam-se os tecidos moles. Em seguida, eles são colocados em um tubo de ensaio para transporte ulterior, seguem-se os métodos biológicos moleculares padrão, isolamento de ácidos nucleicos totais e sequenciação do genoma completo, através do qual os cientistas podem obter dados sobre toda a biodiversidade de microrganismos na amostra", explicou a pesquisadora do centro Olesya Okhlopkova.
A cientista acrescentou que "se os ácidos nucleicos não estiverem destruídos, podemos obter dados sobre sua composição e estabelecer como mudaram ou como foi o desenvolvimento evolutivo. Poderemos obter tendências significativas que determinam a situação atual e a oportunidade de estabelecer o potencial epidemiológico dos agentes infecciosos existentes".
Os primeiros tecidos usados para o estudo pertencem a um cavalo pré-histórico de 4.450 anos, descoberto em 2009 na República de Yakútia. Neste exemplo, os cientistas conseguiram decifrar o genoma nuclear completo e conhecer a história da origem do cavalo moderno de Yakútia.
No âmbito da pesquisa, os especialistas planejam também utilizar tecidos de mamutes, cachorros pré-históricos, alces e vários roedores descobertos nos últimos anos.