A cidadã israelense chegou ao Estado judeu na sexta-feira (19) através de Moscou, sendo depois questionada pela agência de segurança Shin Bet, informa The Times of Israel.
Segundo um relato, citado pela mídia, da agência de notícias Asharq Al-Awsat, com sede em Londres, publicado neste sábado (20), Israel estaria financiando a aquisição de doses da vacina Sputnik V para Damasco como parte de um acordo de troca de prisioneiros com o governo de Bashar Assad. A compra das doses em causa teria custado cerca de um milhão de dólares, segundo a mídia israelense.
Apesar da Asharq Al-Awsat ter reportado que "fontes informadas" em Israel confirmaram a existência de uma "cláusula secreta", o governo sírio negou sua existência, dizendo, através de comunicado publicado pela agência de notícias estatal SANA, que tudo isso seria apenas parte de uma "tentativa de pintar Israel como um país humano".
Tudo começou na noite de 2 para 3 de fevereiro, quando uma jovem de 25 anos atravessou a fronteira entre Israel e a Síria perto do monte Hérmon, uma área com poucas cercas e vigilância. Após a travessia bem-sucedida, a jovem entrou no povoado druso de Khader, onde acabou por ser capturada por suspeitas de espionagem e entregue à inteligência síria. No entanto, as autoridades depressa notaram que esse não seria o caso.
Damasco informou Moscou e Moscou passou a informação a Israel, iniciando assim as negociações para o retorno da mulher israelense. No final, Israel teve de libertar um prisioneiro de nacionalidade síria e dois pastores de modo a assegurar a liberdade de sua cidadã, conforme o artigo.
Na tarde de sexta-feira (19), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou com a mãe da jovem, que agradeceu pelos esforços em libertar sua filha. Por sua vez, Netanyahu lhe desejou tudo de bom e afirmou que Israel sempre agiria para retornar seus cidadãos aprisionados.