Sem citar diretamente a Eletrobras, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou na noite deste sábado (20), em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, que pretende fazer mudanças no setor elétrico.
Ele voltou a criticar a política de preços da Petrobras, repetiu a tese de que queriam derrubá-lo na pandemia e avisou, sem entrar em detalhes, que vai "meter o dedo" na energia elétrica, escreve o jornal O Globo.
"Assim como diziam que queriam me derrubar na pandemia fechando tudo, agora resolveram atacar na energia. Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também", afirmou.
Jair Bolsonaro criticou a gestão de Roberto Castello Branco, substituído pelo general Joaquim Silva e Luna como presidente da Petrobras. Neste sábado (20), ele fez uma série de discursos inflamados direcionados à política econômica de Paulo Guedes.
Para o economista Edmar Almeida (UFRJ), governo tomou decisão política ao anunciar troca na presidência da estatal, mas general Joaquim Silva e Luna não deverá ter espaço para "promover uma política de desalinhamento dos preços dos combustíveis" https://t.co/YJnQbA0svO
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 21, 2021
Bolsonaro deixou evidente a sua discordância com a política de preços da estatal, e disse que o reajuste de 32% no preço do óleo diesel foi "covardia".
"Parecia exorcismo quando eu falei que não ia prorrogar por mais dois anos o mandato do cara [Castello Branco] lá. Compromisso zero com o Brasil. Nunca ajudaram em nada", esbravejou.
"Não é aumentando preço de acordo com o petróleo lá fora e o dólar aqui dentro. É mais do que isso. A preocupação é ganhar dinheiro em cima do povo. Não justifica 32% de reajuste no diesel no corrente ano. Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora. Ninguém quer interferir, assim como não interferi na Petrobras, mas estão abusando" concluiu o presidente.