"Parece bastante evidente que os associados da impetrante não podem, como pretendem, burlar o estabelecido no Plano Nacional", decidiu juíza Liliane Keyko Hioki.
Para a Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, a posição da classe na ordem de atendimento, estabelecida pelo governo estadual, não condiz com o risco de exposição à contaminação a que os agentes são submetidos. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
"Veja que os profissionais das forças de segurança e salvamento encontram-se na 11ª posição para vacinação, atrás até mesmo da população privada de liberdade e das pessoas em situação de rua", diz a entidade.
A associação também compara os agentes de segurança pública com os funcionários do sistema penitenciário, alegando que estes contam com ambiente mais seguro em relação à contaminação pelo novo coronavírus.
O balanço da vacinação contra COVID-19 aponta que 5.402.913 de pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra o novo coronavírushttps://t.co/8IiRNhi5rT
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 18, 2021
"Ora, os delegados são obrigados a ficarem na linha de frente, em contato direto com toda a população de modo geral, enquanto que, por exemplo os funcionários do sistema de privação de liberdade, cuidam, em tese, de pessoas reclusas e que não têm ou pouco devem ter contato com o mundo externo", sustenta a associação dos delegados de SP.
A entidade defende que os agentes de segurança deveriam estar na mesma ordem de prioridade que os profissionais da saúde: "Estão ombreados com tais heróis".
A juíza Liliane Keyko Hioki ponderou que há "notória escassez de imunizantes disponibilizado em escala mundial e, especialmente, no país, onde as vacinas aptas a serem distribuídas não são suficientes para abarcar toda a população elegível a recebê-las".
Ela explicou ainda que não foi apresentado "qualquer motivo lógico, sanitário ou de saúde que justifique o privilégio".