Canguru pintado há mais de 17 mil anos é a arte rupestre mais antiga da Austrália, diz estudo (FOTO)

CC BY-SA 3.0 / Carlos Castaño Uribe / Chiribiquete petroglyphPintura rupestre no Parque Nacional Chiribiquete, Colômbia
Pintura rupestre no Parque Nacional Chiribiquete, Colômbia - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2021
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Pesquisadores descobriram que uma grande pintura rupestre que retrata um canguru foi criada há mais de 17 mil anos, o que faz com que seja a mais antiga pintura feita em pedra da Austrália.

A idade da obra de arte pré-histórica foi determinada através de uma nova técnica de datação por radiocarbono na qual foram coletados 27 ninhos de vespas da espécie Sphecidae, que construíram seus ninhos com lama por cima e por baixo de 16 pinturas rupestres semelhantes, explica o estudo publicado na revista Nature Human Behaviour.

A equipe de cientistas da Universidade de Melbourne confirmou em seu estudo que a pintura tem entre 17.500 e 17.100 anos.

Exemplares de arte rupestre representam algumas das primeiras tentativas registradas de comunicação humana, com alguns dos mais antigos exemplares de representações animais encontradas em Sulawesi, na Indonésia.

© Foto / Peter Veth and the Balanggarra Aboriginal Corporation, Illustration: Pauline HeaneyExemplo mais antigo de pintura rupestre da Austrália que tem entre 17.100 e 17.500 anos
Canguru pintado há mais de 17 mil anos é a arte rupestre mais antiga da Austrália, diz estudo (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2021
Exemplo mais antigo de pintura rupestre da Austrália que tem entre 17.100 e 17.500 anos

No entanto, é um grande desafio conseguir datar pinturas com mais de seis mil anos, uma vez que o material orgânico no pigmento da tinta, que é essencial para a datação por radiocarbono, é difícil de encontrar. Nesse caso, ao invés disso, foram usados ninhos de vespas.

A ideia é simples: se os ninhos são construídos sobre a arte rupestre, o desenho deve ser mais antigo. Se a arte é construída sobre os ninhos, os ninhos é que são mais antigos. Assim, a datação destes ninhos oferece aos cientistas uma idade mínima e máxima para as pinturas rupestres.

A principal fonte de carbono nestes ninhos, que são feitos parcialmente de lama, são os fragmentos de carvão vegetal, avança CNN. 

Ocorriam muitos incêndios florestais na região que queimaram vegetação, como a grama, e por isso os ninhos continham carvão. Além de incluir material vegetal ou vestígios de insetos para as larvas se alimentarem, que também contém carbono.

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