A idade da obra de arte pré-histórica foi determinada através de uma nova técnica de datação por radiocarbono na qual foram coletados 27 ninhos de vespas da espécie Sphecidae, que construíram seus ninhos com lama por cima e por baixo de 16 pinturas rupestres semelhantes, explica o estudo publicado na revista Nature Human Behaviour.
A equipe de cientistas da Universidade de Melbourne confirmou em seu estudo que a pintura tem entre 17.500 e 17.100 anos.
Exemplares de arte rupestre representam algumas das primeiras tentativas registradas de comunicação humana, com alguns dos mais antigos exemplares de representações animais encontradas em Sulawesi, na Indonésia.
No entanto, é um grande desafio conseguir datar pinturas com mais de seis mil anos, uma vez que o material orgânico no pigmento da tinta, que é essencial para a datação por radiocarbono, é difícil de encontrar. Nesse caso, ao invés disso, foram usados ninhos de vespas.
A ideia é simples: se os ninhos são construídos sobre a arte rupestre, o desenho deve ser mais antigo. Se a arte é construída sobre os ninhos, os ninhos é que são mais antigos. Assim, a datação destes ninhos oferece aos cientistas uma idade mínima e máxima para as pinturas rupestres.
A principal fonte de carbono nestes ninhos, que são feitos parcialmente de lama, são os fragmentos de carvão vegetal, avança CNN.
Ocorriam muitos incêndios florestais na região que queimaram vegetação, como a grama, e por isso os ninhos continham carvão. Além de incluir material vegetal ou vestígios de insetos para as larvas se alimentarem, que também contém carbono.