"Não fizemos uma viagem de milhares de anos para retornar à Terra de Israel para permitir ao regime delirante dos aiatolás acabar com a história do renascimento do Povo Judeu", anunciou Netanyahu durante um serviço memorial pela Batalha de Tel Hai, citado pelo The Jerusalem Post.
"Israel não deposita suas esperanças em um acordo com um regime extremista como [no Irã]. Nós já vimos o valor destes acordos [por exemplo] com a Coreia do Norte", expressou o premiê de Israel.
"Com ou sem um acordo, faremos tudo para que [o Irã não] se arme com armas nucleares [...]", adicionou ele.
Os comentários de Netanyahu se seguiram à notícia de que Israel começará uma discussão restrita da estratégia e resposta às tentativas de aproximação da administração Biden à República Islâmica.
Anteriormente, os Estados Unidos anunciaram seu interesse em conversações com o Irã sob auspícios da União Europeia com participação de seis mediadores internacionais, incluindo Moscou e Pequim. Em resposta ao anúncio de Washington, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif apelou de novo aos EUA para cancelarem as sanções anti-iranianas.
O Plano de Ação Conjunto Global, conhecido também como o acordo nuclear iraniano, foi celebrado em 2015 pelo Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, EUA, França e Irã para o cancelamento das sanções contra nação persa em troca da restrição do programa nuclear iraniano. Porém, em maio de 2018, os EUA anunciaram a saída unilateral do acordo e a restauração das sanções contra Teerã.
Isso levou Teerã a aumentar gradualmente a produção de urânio enriquecido. Na segunda-feira (22), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que Teerã poderia enriquecer urânio até 60% se precisasse disso.