"Lamentavelmente, encontramos um grupo importante de deputados que se negam a colocar-se frente ao povo e a declarar. Têm que esconder algo, sabemos que muitos desses indivíduos estão seriamente envolvidos em atos de corrupção, tomaram o dinheiro dos venezuelanos tanto na Venezuela como no exterior", indicou o controlador-geral, Elvis Amoroso, na conta oficial da Controladoria-Geral no Twitter.
O controlador-geral acrescentou que será realizada uma auditoria e serão iniciadas investigações para averiguar as irregularidades cometidas por esses ex-deputados com patrimônio público. "Se eles escondem algo ou se enriqueceram ilegalmente, vamos dizer de acordo com investigação que continuaremos realizando na Controladoria-Geral", adicionou.
#ElvisAmoroso | El ciudadano Contralor manifestó que el Máximo Órgano Contralor iniciará las investigaciones sobre las irregularidades administrativas contra el patrimonio público, dictará las medidas, impondrá los reparos y aplicará las sanciones dictadas en la Ley. pic.twitter.com/82A3uOwH7m
— CGR Venezuela (@CGRVenezuela) February 23, 2021
O controlador-geral manifestou que o Máximo Órgão Controlador iniciará investigações sobre irregularidades administrativas contra o patrimônio público, emitirá as medidas, imporá as reservas e aplicará as sanções previstas pela lei.
Entre os impedidos de exercer cargos públicos estão Ismael García, Américo De Grazia, Richard Blanco Cabrera, Tomás Guanipa, Luis Florido, Freddy Guevara, Julio Borges, Gaby Arellano, Juan Pablo Guanipa e Juan Guaidó.
O controlador-geral venezuelano relembrou que todos os funcionários públicos, selecionados através do voto ou pelas autoridades, são obrigados a declarar ante a Controladoria-Geral e a mostrar "com transparência" seu patrimônio, aproveitando a deixa para pedir que a União Europeia "não defendesse estes senhores vinculados a atos de corrupção".
Em março de 2019, a Controladoria-Geral venezuelana achou inconsistências na declaração de Guaidó e nos seus ganhos que não concordavam com os gastos. Amoroso afirmou que o opositor realizou mais de 90 viagens ao exterior, tendo gastado mais de US$ 94.000 (cerca R$ 511,5 mil), sem esclarecer de onde veio o dinheiro para viajar.