O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) anunciou, nesta quarta-feira (24), a criação de uma nova ferramenta que permite a identificação rápida de variantes do SARS-CoV-2, após o teste do método do RT-PCR, indicado para diagnóstico da doença na fase aguda.
Assim, será possível verificar de maneira mais ágil os locais por onde circulam três novas cepas: a brasileira, surgida no Amazônia, e também as da África do Sul e do Reino Unido.
"Existem outros protocolos semelhantes, mas este foi validado frente a 87 amostras já sequenciadas, o que nos dá uma confiança muito grande no resultado", comemora o vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca.
Segundo o pesquisador, a ferramenta possibilitará produzir centenas de amostras por dia. O resultado do exame de PCR sai muito mais rápido do que a análise de sequenciamento para identificação das variantes.
Naveca explica que, por enquanto, a ferramenta não conseguirá atender a toda a demanda do país, já que a quantidade de insumos à disposição não é suficiente.
Porém, a Fiocruz Amazônia informou que espera que em breve a novidade já esteja disponível para outras regiões do Brasil.
O Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) será o primeiro a receber o produto. Em seguida, Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Ceará, Rio de Janeiro, entre outros laboratórios interessados, devem ter acesso à ferramenta, de acordo com o instituto.
"A Fiocruz já tem uma decisão de incluir esse ensaio no diagnóstico. Então, além do diagnóstico dizendo se é SARS-CoV-2 ou não, também será incluída a diferenciação para avaliar se é uma das três variantes de importância", disse Naveca.