Força Aérea dos EUA reconhece fracasso do caça furtivo F-35, diz mídia

© AP Photo / Lefteris PitarakisCaça F-35 em apresentação no Reino Unido
Caça F-35 em apresentação no Reino Unido - Sputnik Brasil, 1920, 24.02.2021
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A Força Aérea dos EUA pretende desenvolver um caça acessível e leve para substituir centenas dos caças F-16 e complementar uma pequena frota formada por caças furtivos sofisticados, mas caros e não confiáveis, informa a Forbes.

De acordo com a Forbes, os norte-americanos planejam complementar os caças furtivos F-22 e F-35 com uma aeronave que não fracasse e que não tenha um custo tão elevado.

Os EUA têm este plano há anos, já que em sua última tentativa de substituir os caças F-16 resolveu apostar suas fichas na Lockheed Martin que, por sua vez, desenvolveu o caça F-35.

Contudo, o caça furtivo F-35, tornou-se um grande problema, já que a dificuldade de manutenção e diversas outras infelicidades, que afetaram a credibilidade da aeronave, elevaram consideravelmente seu custo.

"O F-35 não é um caça leve de baixo custo", afirmou Dan Ward, ex-gerente de programa da Força Aérea.

Já o general Charles Q. Brown Jr., chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, comparou o F-35 a um Ferrari.

"Você não dirige seu Ferrari para ir trabalhar todos os dias, você apenas o dirige aos domingos. Este é nosso [caça de] 'alta intensidade', nós queremos ter certeza de que não vamos usar isso tudo para combate de baixa intensidade", afirmou Brown.

Brown também afirmou que não quer que o país compre novos "aviões clássicos", como o F-16, pois são aeronaves difíceis de atualizar com software mais moderno.

Ele também reconheceu o fracasso da Lockheed Martin sobre o caça F-35, uma aeronave da qual a Força Aérea pretendia obter aproximadamente 1.800 unidades para substituir os F-16 e A-10.

O caça F-35 fez seu primeiro voo 15 anos depois de seu desenvolvimento, e hoje a Força Aérea norte-americana conta com apenas 250 destes caças, enquanto o serviço pretende cortar os custos do programa.

O caça F-35 Lightning II, da empresa norte-americana Lockheed Martin, apresenta 871 deficiências capazes de prejudicar sua operação e manutenção, segundo documentos do Pentágono citados pela Bloomberg.

Muitas das deficiências detectadas pelos militares seguem por corrigir desde abril de 2018, quando a fase de desenvolvimento e demonstração do caça terminou, apresentando nesse ano 941 deficiências.

O programa F-35, concebido para criar uma aeronave de combate de quinta geração, começou em 2001. Desde então, apresentou gastos de aproximadamente US$ 398 bilhões (R$ 2,1 trilhões).

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