O maior planeta do Sistema Solar experimenta uma grande quantidade de impactos a cada ano, muito mais do que a Terra.
Apesar de o evento não ser raro, estas colisões ocorrem tão rapidamente que raramente são observadas.
"É preciso ter sorte e apontar o telescópio no momento certo; na última década, os astrônomos amadores captaram apenas seis impactos em Júpiter", comentou Rohini Giles, autora principal do estudo, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, publicado na Geophysical Research Letters.
Sinal de rádio inédito proveniente de satélite de Júpiter é detectado por nave espacialhttps://t.co/uJ7qCSfisD
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 10, 2021
O evento, observado em abril de 2020, foi distinguido entre os dados de descargas atmosféricas e auroras, geralmente protagonizadas por emissões de hidrogênio molecular, o principal componente da atmosfera de Júpiter.
"A explosão brilhante tinha características muito diferentes. Em ultravioleta vemos que a emissão era proveniente de um corpo negro com uma temperatura de 9.327 graus centígrados, a uma altitude de 225 quilômetros acima da camada de nuvens do planeta. Analisando o brilho da explosão, acreditamos que tenha sido causada por um objeto com uma massa entre 249 e 1.497 quilos", afirma Giles.
O maior impacto já registrado em Júpiter foi o cometa Shoemaker-Levy 9, que colidiu com o planeta em 1994.
"Os impactos de asteroides e cometas podem ter efeitos significativos na química estratosférica do planeta: 15 anos depois do impacto, o cometa Shoemaker-Levy 9 ainda era responsável por 95% da água estratosférica em Júpiter", explicou a astrônoma.
A equipe seguirá com as observações dos impactos para avaliar o número total destes eventos, que é importante para a compreensão da composição do planeta.