De acordo com The Hindustan Times, as autoridades indianas aprovaram o uso de duas vacinas no país: a variante indiana da vacina Oxford/AstraZeneca nomeada Covishield e a vacina Covaxin, desenvolvida localmente. Mesmo assim, ambas as vacinas ainda estão na fase três de testes clínicos.
Segundo dados do Ministério da Saúde indiano, 12,3 milhões de pessoas foram inoculadas, e destas, 1,4 milhão já receberam a segunda dose. No entanto, de acordo com a plataforma virtual governamental Co-WIN, apenas 1,2 milhão de profissionais de saúde tomaram a vacina Covaxin.
"Tudo isso [acontece] por conta da discussão inicial de que [a Covaxin] foi apenas a vacina experimental e que ainda não completou a fase três de testes", disse o dr. Subhash Salunkhe, assessor do governo para estratégias de vacinação.
"Essas informações criaram dúvidas na mente das pessoas, resultando em menor aceitação. A disponibilidade não é uma preocupação nesse momento", continuou o dr.
Por sua vez, o secretário de Saúde indiano, Rajesh Bhushan, relacionou o baixo uso da vacina Covaxin com a produção limitada da Bharat Biotech, quando comparada a do Instituto Serum, o maior produtor de vacinas do mundo.
"Consideramos que, em proporção à quantidade de vacina disponível para nós, as entregas [da Covaxin] são bastante satisfatórias", concluiu Bhushan.
A empresa Bharat Biotech disse que os dados sobre a eficácia da vacina do estudo com participação de 26 mil voluntários serão divulgados em breve. A farmacêutica afirma que a vacina é eficaz e assegura tal afirmação baseando-se em pesquisas intermediárias recentes.
A Índia é o segundo país do mundo com o maior número de infectados pela COVID-19, ficando atrás somente dos Estados Unidos. A falta de confiança na vacina caseira pode impedir que o país atinja a meta de 1.35 bilhão de vacinados até agosto de 2021.