O Conselho da UE assinalou nesta quinta-feira (25) em comunicado que, "por iniciativa do alto representante da União para as Relações Exteriores e Assuntos de Segurança", o espanhol Josep Borrell, o órgão determinou que "a chefe da missão da República Bolivariana da Venezuela junto à União Europeia seja declarada persona non grata".
O órgão acrescentou que essa medida foi adotada em resposta à decisão da Venezuela de expulsar a embaixadora do bloco em Caracas, a diplomata portuguesa Isabel Brilhante.
"A UE considera que esta declaração [de persona non grata para Brilhante] é totalmente injustificada e contrária ao objetivo da União de desenvolver relações e construir parcerias em outros países", diz a nota.
"Gostaria que vocês percebessem que a Venezuela sabe responder às ameaças, não importa de onde elas venham", afirmou o presidente venezuelano nesta quarta-feira (24) https://t.co/ql1QEkGfK7
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 25, 2021
Ontem (24), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou que Brilhante tinha 72 horas para deixar a Venezuela, uma decisão que ele afirmou ser uma resposta às sanções impostas pelo bloco contra 19 indivíduos do país sul-americano em 22 de fevereiro.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que Caracas ordena a expulsão de Brilhante. Em 29 de junho de 2020, a Venezuela decidiu expulsá-la depois que a UE colocou 11 funcionários do alto escalão do Estado venezuelano em sua lista negra.
Em julho, o governo de Nicolás Maduro anulou a expulsão de Brilhante após uma conversa entre Arreaza e Borrell, que chegaram a um acordo sobre a necessidade de manter relações diplomáticas entre as partes para facilitar os caminhos do diálogo político.