O fungo marinho foi examinado por um grupo internacional de cientistas, que o isolou de corais moles do mar do Sul da China durante a expedição do cruzeiro científico Akademik Oparin.
Paraquat é um composto herbicida altamente tóxico para animais e humanos, sendo proibido em dezenas de países. Alguns países, por exemplo, os EUA, usam paraquat no cultivo e controle de ervas parasitas.
"Especialistas da DVFU com colegas russos e estrangeiros determinaram que os compostos do fungo Penicillium dimorphosporum podem proteger do impacto do paraquat. Os experimentos foram realizados em células de neuroblastoma", segundo comunicado da DVFU.
As células de neuroblastoma são as células cancerosas usadas para estudo da atividade neuroprotetora de remédios potenciais, diz comunicado.
Os cientistas destacam que, em concentrações pequenas, os compostos do fungo marinho estudados propiciam aumento de quase 40% da vitalidade de células processadas com paraquat em comparação a células processadas apenas com paraquat, ou seja, sem a adição de compostos químicos do fungo marinho.
"Nas futuras pesquisas, desejamos perceber como estas moléculas naturais protegem a célula. Provavelmente, atuam como antioxidantes, e, possivelmente, também podem proteger células de outras substâncias tóxicas", comentou a diretora do Laboratório de Compostos Biologicamente Ativos da Escola de Ciências Naturais da DVFU, Olesya Zhuravleva.
As moléculas ativas do fungo marinho reforçam atividade de alguns remédios conhecidos, afirmam cientistas.