Os desembargadores citados pela defesa foram responsáveis pela condenação de Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia, em São Paulo.
O ministro Edson Fachin é o relator da Lava Jato no STF. Portanto, com a sua decisão, se os desembargadores forem considerados suspeitos, todas as ações do caso no âmbito do TRF-4 podem ser anuladas.
Vale lembrar que o tribunal foi responsável por julgar diversos recursos referentes a casos da Lava Jato de Curitiba.
🚨 URGENTE: O ministro do STF, Edson Fachin, pautou suspeição dos desembargadores que condenaram @LulaOficial no caso do sítio de Atibaia, se eles forem suspensos, todas as ações no âmbito do TRF-4 podem ser anuladas. #JustiçaParaLula ✊
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 26, 2021
Entenda a suspeição
Dado que os dois habeas corpus foram pautados por Fachin em plenário, ministros do STF poderão depositar seus votos entre os dias 5 e 12 de março, escreve o jornal O Globo
Nos pedidos da defesa de Lula, os advogados reforçam o entendimento de que os desembargadores foram parciais em suas decisões. Eles citam, como exemplo, trechos de um livro escrito pelo desembargador Gebran Neto.
Eles sustentam a existência de uma "indiscutível relação de amizade íntima" entre o desembargador Gebran Neto e o ex-ministro Sergio Moro, e argumentam que "o cenário apresentado, de clara amizade entre os profissionais já possibilita suscitar a hipótese de suspeição, o que enfraquece uma das balizas essenciais da imparcialidade".
O caso do sítio de Atibaia
O processo a respeito de um sítio no interior paulista rendeu a segunda condenação de Lula em ações judiciais da Lava Jato. Na denúncia do Ministério Público Federal, o ex-presidente é acusado de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No entendimento da Justiça, o imóvel passou por reformas custeadas pelas empresas Odebrecht, OAS e Schahin em benefício de Lula e sua família. O sítio está em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do ex-presidente.