A edição afirma que Moscou "não exclui o uso das armas mais letais" para neutralizar as forças implantadas no flanco leste da Aliança Atlântica.
"Pode-se supor que o ataque [...] seria conduzido da região de Kaliningrado. A posição estratégica e a diversidade dos tipos de armas ali implantadas garantiriam o sucesso da Rússia nas primeiras horas de uma guerra hipotética", aponta artigo.
Não é a primeira vez que surgem este tipo de declarações de uma "ameaça russa" feitas por países da OTAN. Moscou tem repetidamente salientado que a Rússia não tem qualquer intenção de atacar nenhum país da Aliança Atlântica.
No início de fevereiro, o chefe do Comando Estratégico dos EUA (STRATCOM), almirante Charles A. Richard, ponderou a possibilidade de um conflito regional com a Rússia ou a China se transformar em um conflito que envolvesse o uso de armas nucleares.
Pentágono havia afirmado que Moscou representa ameaça para todos os membros da OTAN.
Vladimir Dzhabarov, vice-presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação da Rússia, comentou, por sua vez, que um oficial militar teria medo de imaginar tal cenário "mesmo em um pesadelo".
Esta opinião foi compartilhada pelo embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, que observou que as ideias sobre guerra nuclear "andam apenas na cabeça de políticos anormais".