Na quarta-feira (24), o Ministério das Relações Exteriores do Irã atacou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por chamar a atenção para as supostas ambições nucleares de Teerã, segundo o The Times of Israel.
Em uma postagem no Twitter, Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério iraniano, disse que o premiê israelense estava furioso por "perder seu tolo na Casa Branca", indicando a amizade entre Netanyahu e o ex-presidente, Donald Trump. Em complemento, o porta-voz afirmou que Jerusalém recorre a "mentiras preconceituosas para invocar a iranofobia racista".
Angry at losing his dupe in the WH, Netanyahu resorts to bigoted lies to conjure racist Iranophobia.
— Saeed Khatibzadeh (@SKhatibzadeh) February 24, 2021
It must really hurt that his anti-#Iran plots have come to naught yet again.
From saving Jews to opposing occupation, Iran has always fought oppressors. History doesn't lie.
Furioso por perder seu tolo na Casa Branca, Netanyahu recorre a mentiras preconceituosas para invocar a iranofobia racista. Deve doer muito que seus planos contra o Irã tenham dado em nada mais uma vez. Desde salvar judeus até se opor à ocupação, o Irã sempre lutou contra opressores. A história não mente.
Em outros comentários relatados pela agência de notícias Fars, citada pela mídia, Khatibzadeh afirmou que Netanyahu está "irritado com o fracasso de suas conspirações contra o Irã e agora está procurando em vão demonizar o país".
Na quinta-feira (25), o primeiro-ministro israelense afirmou que conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, e que fará o que for preciso para impedir um Irã com armas nucleares, independentemente de Washington entrar novamente no acordo nuclear com a República Islâmica, segundo a mídia.
"Eu disse a ele, com ou sem um acordo, que minha obrigação como primeiro-ministro de Israel, como primeiro-ministro do Estado judeu, é prevenir a recorrência das coisas terríveis que foram feitas ao nosso povo. Há um regime cujo objetivo principal é nos destruir. Farei tudo o que puder, tudo ao meu alcance, para evitar que ele alcance armas nucleares", disse Netanyahu em uma entrevista com o Canal 13 citada pela mídia.
Na verdade, o governo israelense tem enxergado a questão com descrédito, pois não acredita que seja através do acordo e diálogo que o Irã vai estacionar suas usinas e não desenvolver armas nucleares.
A nova administração de Joe Biden está tentando entrar novamente no acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), do qual o ex-presidente Donald Trump retirou unilateralmente os EUA em 2018.
Embora a prioridade de Jerusalém seja a questão nuclear, há uma expectativa para que os EUA também exijam restrições ao programa de mísseis balísticos de Teerã e às agressões regionais. Israel teme que os EUA percam a influência que foi construída pelo regime de sanções de pressão máxima do governo Trump, uma vez que retornar ao antigo acordo, e assim, o Irã não estará disposto a negociar mais.