O número de trabalhadores com carteira assinada em 2020 foi o menor já registrado pela série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. A média anual ficou em 30,6 milhões de pessoas, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (26).
A queda é de 7,8% com relação a 2019. Em números absolutos, são 2,6 milhões de empregos formais a menos em 2020. Em 2014, o total chegou a ser de 36,4 milhões.
Só no 4º trimestre, o número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado foi estimado em 29,9 milhões, uma alta de 1,8% frente ao trimestre anterior. Porém, na comparação com o mesmo período de 2019, houve um recuo de 11,2%, com 3,8 milhões de pessoas a menos.
A população ocupada caiu para 86,1 milhões na média anual, atingindo também o menor número da série anual. A redução foi de 7,3 milhões de pessoas no mercado de trabalho.
"Pela primeira vez na série anual, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%", informou Adriana Beringuy, analista do IBGE.
A taxa de desemprego ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro. Ao todo, são 13,9 milhões sem trabalho.
No mês, o IBGE registrou ainda 5,5 milhões de desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego na classificação do instituto.