Especialistas do Centro Oncológico Memorial de Sloan-Kettering, Nova York, EUA, junto com seus colegas estudaram o líquido cefalorraquidiano de 18 pacientes com câncer que tiveram problemas neurológicos depois da infecção pelo novo coronavírus.
A disfunção neurológica é caracterizada por tais sintomas como fadiga, perda de memória, desorientação e outras anomalias, que são chamadas de "névoa cerebral".
"Descobrimos em pacientes inflamação e um nível alto de citocinas no líquido cefalorraquidiano, o que explica seus sintomas", explicou o pesquisador Jan Remsik.
As citocinas são um tipo de moléculas sinalizadoras que mediam e regulam a imunidade, a inflamação e o processo de renovação celular do sangue.
Em alguns casos, a COVID-19 provoca a produção excessiva destas moléculas e leva a assim à chamada tempestade de citocinas, o que representa uma ameaça para a vida.
"A ideia é que o fluxo destas substâncias químicas no sistema imunológicos penetra no cérebro. Isso causa os sintomas observados de encefalopatia em pacientes, ou seja, danos no cérebro que levam à morte de neurônios", disse especialista.
Os cientistas precisam de mais dados para descobrir a relação exata entre a COVID-19 e os efeitos neurológicos após infecção.
O Brasil já registrou 10.551.259 casos, 254.942 mortes e 9.382.316 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo há 114.099.454 casos confirmados, 2.531.489 óbitos e 64.442.231 pacientes recuperados do novo coronavírus.