Ambas China e Índia têm vendido ou oferecido suas vacinas a vários países, sendo a Índia produtora de mais de 60% das vacinas no mercado, informa a agência Reuters.
A Cyfirma, suportada pela Goldman Sachs, com bases em Singapura e em Tóquio, no Japão, contou que o grupo de hackers chinêscibersegurança APT10, também conhecido como Panda de Pedra, teria identificado falhas e vulnerabilidades na estrutura de inteligência e na rede de fornecimento da Bharat Biotech e do Instituto Serum da Índia (SII, na sigla em inglês), sendo a última, por sua vez, a maior fabricante de vacinas do mundo.
"A motivação real aqui é de extrair propriedade intelectual e obter vantagem competitiva sobre as empresas farmacêuticas indianas", explicou o diretor-executivo da companhia de cibersegurança, Kumar Ritesh, que já foi um oficial de elite na agência de inteligência estrangeira britânica MI6, citado pela agência.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, por sua vez, ainda não respondeu a pedidos de comentário sobre o assunto. De igual modo, o Instituto Serum e a Bharat Biotech também se recusaram a comentar o sucedido.
O gabinete do diretor-geral da Equipe de Resposta a Emergências Computacionais (CERT, na sigla em inglês) indiana confirmou que o caso foi entregue ao diretor de operações da equipe, S.S. Sarma, que, por sua vez, contou à Reuters que a CERT é uma "agência legal e não podemos confirmar este assunto com a mídia".