O estudo foi realizado em 2010-2020, quando diferentes culturas de microrganismos foram colocadas na superfície externa da EEI por um ou dois anos.
O estudo envolveu microrganismos Methanosarcina mazei, que emitem metano e vivem nos aterros e no trato digestivo de animais e seres humanos.
"As pesquisas realizadas mostraram que, após exposição por 24 meses, a população de células Methanosarcina mazei permaneceu viável. Com base nos resultados obtidos, podemos concluir sobre a presença no genoma da Methanosarcina mazei S-6T (arqueia metanogênica) de mecanismos protetores contra o impacto de fatores do espaço sideral, incluindo o vácuo, radiação ultravioleta e diferenças de temperaturas", diz o artigo, publicado na revista Medicina Aeroespacial e Ambiental da Academia das Ciências da Rússia.
Revelou-se que, a fim de se proteger, as células produziram uma capa de três camadas que não se forma nas condições terrestres, mesmo que sob luz ultravioleta. "A partir de agora, existe um conjunto de evidências da existência de um mecanismo universal em microrganismos, em condições desfavoráveis ao crescimento, para proteger estruturas vitais intracelulares, e acima de tudo os nucleotídeos, de influências prejudiciais, fome, estresse oxidativo e outras".
O experimento foi efetuado a fim de conhecer as características fisiológicas de microrganismos que possam habitar outros planetas e para revelar os mecanismos de adaptação a condições desfavoráveis.