No último dia 19, Bolsonaro anunciou o general Joaquim Silva e Luna como o novo presidente da petrolífera brasileira em substituição a Roberto Castello Branco, motivado pelas críticas à política de preços da companhia.
Silva e Luna era diretor-geral da parte brasileira da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, cargo que ocupava há dois anos. A mudança, no entanto, precisa ser confirmada pelo Conselho de Administração da Petrobras, que é composto por até 11 membros, com sete deles indicados pela União, a principal acionista e controladora da empresa.
O presidente da Petrobras defendeu a política de preços dos combustíveis, quase uma semana após sua demissão https://t.co/SeBMNEayOK
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 25, 2021
Hoje (2), segundo informações do portal G1, quatro desses conselheiros anunciaram que não aceitarão sua recondução ao cargo na próxima assembleia geral extraordinária: João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha.
"Em continuidade aos comunicados de 19 e 23 de fevereiro, a Petrobras comunica que foi informada pelos Conselheiros de Administração João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho que não pretendem ser reconduzidos na próxima Assembleia Geral Extraordinária [AGE]", divulgou a estatal em nota.
De acordo com o comunicado enviado ao mercado pela Petrobras, Cox Neto e Ziviani agradeceram o convite para a recondução, mas assinalaram que não vão aceitá-lo "por razões pessoais". Por sua vez, o conselheiro Omar Carneiro da Cunha Sobrinho assinalou em uma mensagem dirigida ao Presidente do Conselho, o almirante Eduardo Leal, que não se sente na posição de aceitar a recondução "em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras".