Após recorde de mortes em todo o país, o governo de São Paulo decidiu colocar todo o estado na chamada fase vermelha da quarentena por 14 dias. Na terça-feira (2), São Paulo registrou um recorde de 468 óbitos e vem lidando com altas taxas de ocupações de leitos de UTI. No total, o estado já tem mais de 60 mil mortes por COVID-19.
A fase vermelha de contenção do novo coronavírus, a mais restritiva, estipula o fechamento de todos os serviços não essenciais no estado. As restrições terão início no sábado (6) e duram, inicialmente, até o dia 19 de março.
O governo também antecipou o horário de início do toque de recolher no estado para as 20h00, que dura diariamente até as 05h00. Antes, a restrição começava às 23h00. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu reforçar o policiamento das ruas para impedir festas clandestinas. Doria também criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à pandemia.
Igrejas e escolas permanecem abertas
Apesar disso, escolas e igrejas permanecerão funcionando em São Paulo. Em aceno aos religiosos, o governador anunciou, na segunda-feira (1º), que as igrejas seriam incluídas no rol de serviços essenciais - mesmo que os cultos já fossem liberados na fase vermelha.
No caso das escolas, as instituições de ensino continuarão podendo receber até 35% de seus alunos em cada unidade, mas não é obrigatória a frequência escolar presencial. Segundo o governo paulista, essa é uma forma de atender alunos com dificuldades para manter o ensino à distância.
Além de escolas e igrejas, a nova medida deixará abertos apenas os setores da saúde, transporte, imprensa, estabelecimentos como padarias, mercados e farmácias.
Na terça-feira (2), o Brasil testemunhou o maior registro de mortes de toda a pandemia, com 1.726 óbitos registrados. Já são mais de 257 mil mortos desde o início da crise sanitária no país.