A constatação foi divulgada nesta quarta-feira (3) pela diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, Rochelle Walenski, durante uma coletiva de imprensa do grupo responsável por coordenar a resposta contra a pandemia no país.
"Continuamos a ver sinais preocupantes na trajetória da pandemia nos Estados Unidos, com as quedas mais recentes de casos e mortes continuando a dar sinais de estagnação. Sabíamos que isso poderia acontecer à medida que as variantes surgissem e atingissem mais pessoas e mais comunidades", disse Walensky.
A diretora do CDC disse ainda que a mais recente média de novos casos semanais - 66 mil - representa um aumento de 3,5% em relação à semana anterior. No caso da média semanal de mortes, o resultado foi de dois mil óbitos, um aumento de 2,2%.
Walensky classificou a variante B117, descoberta primeiro no Reino Unido, como sendo hiper transmissível, a ponto de ameaçar os esforços para acabar com a pandemia.
Vacinas são menos eficazes contra variante brasileira
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, observou que a variante do Reino Unido responde "relativamente bem" a três vacinas aprovadas contra a COVID-19 pelo governo norte-americano.
Fauci acrescentou, porém, que essas vacinas são menos eficazes contra as variantes que surgiram no Brasil e na África do Sul, enquanto as evidências sugerem o mesmo para novas variantes que surgiram nos estados norte-americanos da Califórnia e de Nova York.
O governo do presidente norte-americano Joe Biden estabeleceu uma meta de ter vacinas suficientes para toda a população dos EUA até o final de maio deste ano. O país é atualmente o mais impactado pela pandemia. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA acumulam quase 29 milhões de casos confirmados de COVID-19 e mais de 518 mil mortes causadas pela doença.