A declaração foi emitida, nesta quarta-feira (3), pelo porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, durante uma coletiva diária.
"Nós nos opomos firmemente e estamos decepcionados com o anúncio da promotora do TPI de uma investigação sobre a situação palestina. Continuaremos a defender nosso forte compromisso com Israel e sua segurança, inclusive nos opondo a ações que visam a Israel de maneira injusta", disse Price.
A promotora do TPI, Fatou Bensouda, anunciou mais cedo, nesta quarta-feira (3), que o tribunal investigará formalmente as alegações de crimes de guerra nos territórios palestinos. A decisão seguiu-se a uma deliberação anterior do tribunal, de 5 de fevereiro, que determinou a jurisdição do TPI sobre o caso.
"O TPI, como dissemos, não tem jurisdição sobre este assunto. Israel não é parte do TPI e não consentiu com a jurisdição do tribunal e temos sérias preocupações sobre as tentativas do TPI de exercer sua jurisdição sobre os israelenses", disse Price.
O porta-voz acrescentou que a Palestina não é um Estado soberano e por isso não está qualificada para ser tratada como tal diante do TPI. Price disse ainda que o governo dos EUA está revisando as sanções impostas pelo ex-presidente Donald Trump contra Bensouda e seus assessores.
Mais cedo, nesta quarta-feira (3), o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu à decisão do TPI classificando-a como uma demonstração de antissemitismo.