O chefe de Estado admitiu que não tinha conhecimento da divulgação dos dados, mas, ao ser questionado sobre o tema, disse que via um "lado positivo" no desempenho econômico do Brasil em 2020.
"Desculpa, eu não tomei conhecimento da avaliação do PIB. O que eu posso falar para você que se esperava que a gente ia cair 10%, parece que caímos 4%. É um dos países que menos caiu no mundo todo, então, tem esse lado positivo", afirmou o presidente, segundo o jornal O Globo, após reunião com embaixadores do Golfo Pérsico, em Brasília.
A queda de 4,1% é a maior da história brasileira desde 1990, ano em que as poupanças foram confiscadas pelo governo Collor. Além disso, o resultado tirou o país do ranking das dez maiores economias do mundo, após 14 anos na lista.
Auxílio emergencial
Segundo Bolsonaro, um dos fatores que fez a recessão não ser pior foi o auxílio emergencial, o que é corroborado pela opinião de economistas. Inicialmente, o benefício proposto pelo governo era de R$ 200, mas, após pressão de políticos e da sociedade, o Congresso conseguiu aumentar o valor para R$ 500.
Diante disso, o governo fechou um valor de R$ 600. O benefício deixou de ser pago em dezembro do ano passado, com as últimas parcelas sendo distribuídas em janeiro de 2021. Bolsonaro vinha se negando a prorrogar o auxílio, mas agora admite que ele seja pago por mais alguns meses em um valor de cerca de R$ 250.
"O que que fez a economia movimentar? Em parte, o auxílio emergencial. Esse dinheiro quando vai para o município, ele roda a economia local que interfere na arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais também", afirmou o presidente.