Os cientistas da Universidade de Lancaster, Reino Unido, e do Instituto Oswaldo Cruz, Brasil, descobriram como as mudanças climáticas afetam a saúde de bebês, segundo estudo publicado na revista Nature Sustainability.
Os pesquisadores estudaram dados de 2006 a 2017 de nascimento em 43 municípios do estado do Amazonas, altamente dependentes de rios. Os cientistas descobriram que a quantidade de precipitações durante a gravidez afeta o peso e a altura do bebê durante o nascimento.
Condições climáticas extremas contribuem para parto prematuro, quando bebês nascem com peso e altura abaixo do normal, conforme os dados. A possibilidade de baixo peso em bebês durante o nascimento é 40% mais alta após chuvas fortes.
"A redução de peso durante o nascimento corresponde a quase 200 gramas", segundo os pesquisadores.
As condições climáticas extremas podem afetar a saúde das mães e de seus futuros bebês de maneiras diferentes, por exemplo, causando interrupção de colheita, reduzindo acesso à alimentação e aumentando propagação de infecções, destacaram os especialistas.
"As chuvas extremamente fortes na Amazônia causam inundações em rios que ameaçam as famílias mais pobres com o risco de doenças, transmitidas via água, e criam condições ideais para reprodução de mosquitos, o que leva a surtos de malária ou dengue", afirmaram especialistas.
Os cientistas concluíram que as mudanças climáticas na Amazônia causam fortes preocupações.