A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quarta-feira (3) um projeto de lei de reforma eleitoral e do governo que visa atualizar os procedimentos de votação, informou na quinta-feira (4) a agência Reuters.
A Câmara, controlada pelos democratas, aprovou o projeto de lei, chamado H.R. 1, com 220 votos favoráveis e 210 contrários e criticado por conservadores como obtenção de poder partidária, pois a administração eleitoral é controlada principalmente por estados e localidades nos EUA. Eles também argumentaram que o projeto de lei abre brechas para fraudar.
O H.R. 1 inclui provisões para expandir o voto antecipado e ausente, permitir que os eleitores se inscrevam on-line no dia das eleições, restaurar direitos de voto para criminosos, e ter a tarefa de redesenhar distritos congressionais entregues pelos estados a comissões independentes.
"Destinada a restaurar as vozes dos americanos que se sentiram excluídos e bloqueados por muito tempo", a legislação foi saudada por seu patrocinador original, o representante John Sarbanes.
Projeto de lei policial
A Câmara dos Representantes norte-americana também aprovou o Ato de Justiça Policial George Floyd, em uma votação que recebeu 220 votos favoráveis e 212 contrários, em nome do afro-americano que morreu em maio de 2020 após um policial branco pressionar o pescoço dele com o joelho durante quase nove minutos, escreve a Reuters.
O projeto de lei diz procurar aumentar a responsabilidade da polícia e eliminar uma infinidade de práticas policiais, incluindo proibir perfilar pessoas com base em raça e religião, proibir estrangulamentos, carótidas e buscas sem mandatos, canalizar fundos federais para garantir o uso de câmeras corporais, criar um Registro Nacional de Má Conduta Policial e requerer relatórios de melhores dados sobre o uso da força pela polícia.
Ambos os projetos de lei seguirão agora para o Senado dos EUA, onde se espera que haja maior oposição, devido à grande paridade no poder detido por republicanos.