Com o intuito de combater a propagação do coronavírus SARS-CoV-2, o governo chinês exigirá que viajantes internacionais sejam submetidos a teste anal de COVID-19 ao chegarem a certos aeroportos de seu país.
A notícia, difundida pelo jornal The Times, surgiu enquanto o Japão pede que Pequim abandone tal prática.
Tóquio pediu oficialmente para que os cidadãos japoneses fossem excluídos da regra, afirmando que alguns dos que passaram pelo teste apresentaram "sofrimento psicológico".
Os primeiros relatos de que a China estava se preparando para proceder com a medida ecoaram ainda em janeiro.
Em publicação de 26 de janeiro deste ano na revista Newsweek, o especialista sanitário chinês Li Tongzeng, do Hospital You’an de Pequim, havia ressaltado as vantagens do tipo de análise biológica.
"Em alguns casos assintomáticos ou em indivíduos com sintomas amenos, eles [pacientes] tendem a se recuperar da doença muito rapidamente. É possível que não haja nenhum vestígio do vírus em sua garganta depois de três a cinco dias [...] O que nós descobrimos foi que, em alguns pacientes infectados, o coronavírus sobrevive por um período mais longo no intestino ou excrementos do que no aparelho respiratório", afirmou o especialista.
Tem se recorrido a essa prática no interior da China desde 2020, inclusive na cidade de Xangai, apesar de ser aplicada apenas a cidadãos em áreas onde a COVID-19 apresenta grande potencial de surto.