Cientistas propõem teoria 'maluca' que explicaria algumas das explosões galácticas mais brilhantes

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Supernova (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 06.03.2021
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Cientistas norte-americanos sugeriram uma teoria que explicaria as supernovas de Tipo Ia, explosões em que anãs brancas, restos necróticos de estrelas, podem "morrer" uma segunda vez.

Charles Horowitz, professor de Física da Universidade de Indiana, EUA, e Matt Caplan, professor assistente de Física da Universidade Estadual de Illinois, EUA, conduziram um estudo, publicado na revista Physical Review Letters, que aponta que supernovas Tipo Ia poderiam ocorrer devido a uma reação de fissão ultrarrara.

As supernovas, ou explosões espaciais, do Tipo Ia são as mais brilhantes de todas as supernovas, podendo ocorrer em qualquer galáxia ejetando material a velocidades na ordem de 10.000 km/s, ou 36 milhões de km/h, e brilhando mais que uma galáxia inteira em seu brilho máximo.

As explosões ocorrem supostamente quando as anãs brancas, estrelas que esgotaram seu combustível nuclear, ficam sobrecarregadas de material arrancado de uma estrela companheira.

"As pessoas pensam que [as anãs brancas] têm uma estrela companheira porque não sabiam como ter uma estrela explodindo sem uma companheira", disse Horowitz em declarações à revista Vice.

"Os cientistas podem estar errados sobre as companheiras, pelo menos em algumas do Tipo Ia."

A reação de fissão, acreditam os pesquisadores, poderia produzir calor e energia que causariam a fusão de elementos como carbono e oxigênio, criando um estado semelhante ao de uma bomba de hidrogênio.

"Se estivesse suficientemente quente, em um ponto suficientemente apertado, e se você liberar energia suficiente, isso pode liberar energia suficiente para queimar todo o carbono e oxigênio na estrela. Uma vez que o carbono e o oxigênio começam a queimar, isso é o barril de pólvora que sobe. Nesse momento, você tem uma supernova [que] obliteraria completamente a estrela", explicou Caplan.

Supernovas Tipo Ia, concluem os cientistas, poderiam ser causadas pela decomposição de um único núcleo de urânio. Isso é "uma ideia maluca", segundo eles, mas também uma nova hipótese para explicar as supernovas do Tipo Ia.

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