Os mísseis fazem parte de um plano de investimento que o Comando do Indo-Pacífico dos EUA apresentou este mês ao Congresso e que supõe um gasto de US$ 27,4 bilhões (R$ 155,5 bilhões) na referida região ao longo dos próximos seis anos.
O documento citado pelo portal adverte que "o maior perigo para o futuro dos EUA continua sendo uma erosão da dissuasão convencional".
"Sem uma dissuasão convencional válida e convincente, a China é encorajada a tomar medidas na região e globalmente para suplantar os interesses dos EUA. À medida que o equilíbrio militar no Indo-Pacífico se torna mais desfavorável, os EUA acumulam riscos adicionais que podem encorajar os adversários a tentar unilateralmente mudar o status quo", diz documento.
O plano do comando dos EUA apresenta como elemento central "redes de ataque de precisão de alta sobrevivência ao longo da primeira cadeia de ilhas", que inclui Taiwan, Okinawa e as Filipinas e que a China considera como a primeira linha de defesa. Isso significaria o uso ampliado de baterias terrestres com mísseis convencionais.
China é forte em mísseis terrestres de alcance intermediário. Enquanto Pequim possui um arsenal de 1.250 destes mísseis, de acordo com o Pentágono, os EUA não têm nenhum.
A proposta ainda será discutida com os legisladores e com países que estariam envolvidos em sua realização.
A China tem se oposto às tentativas dos EUA de implantar escudos antimísseis em países aliados, especialmente na Coreia do Sul.