O ministro das Relações Exteriores declarou neste sábado (6) que os Estados Unidos e União Europeia têm uma atitude de "mentiras ideologizadas" em relação a Caracas, tendo em vista que a Venezuela não representa uma ameaça a outros membros da comunidade internacional.
De acordo com o chanceler, Washington continua seguindo uma política de sanções unilaterais contra a nação latino-americana, que seria classificada pelos EUA como uma "ameaça extraordinária".
"Quanto ao que esperar do [secretário de Estado norte-americano Anthony] Blinken e dos Estados Unidos, eu diria nas palavras de José Gervasio Artigas, o grande uruguaio: 'Não esperamos nada de ninguém, apenas de nós mesmos'. Avançaremos independentemente do que Washington faça ou deixe de fazer em relação à Venezuela", afirmou.
No início desta semana, Blinken disse ao líder da oposição venezuelana Juan Guaidó que os EUA apoiam a pressão multilateral contínua sobre o presidente Nicolás Maduro. Além disso, o secretário de Estado destacou a importância da transição democrática na Venezuela.
Washington não reconhece os resultados das eleições parlamentares realizadas no país em dezembro, que foram vencidas pelo partido liderado pelo presidente Maduro.
Apesar de Caracas expressar esperanças de que a nova administração dos Estados Unidos comece a normalizar as relações com a Venezuela, Blinken disse a Guaidó que Washington não mudaria sua posição em relação a Guaidó como o "líder interino da Venezuela".