Milhares de manifestantes se reuniram em uma praça em frente à estação ferroviária central da capital polonesa Varsóvia. Os manifestantes bloquearam o tráfego nas principais vias da cidade, a avenida Jerusalém e a avenida João Paulo II.
As ativistas do grupo feminista estão coletando assinaturas para um novo projeto de lei criado para garantir o direito das mulheres ao aborto na Polônia. O projeto de lei estipula que a gravidez pode ser interrompida durante as primeiras 12 semanas e, em algumas circunstâncias, até mais tarde.
A polícia acompanha a manifestação sem interferência até o momento, apesar de que aglomerações como essa seguem atualmente proibidas na Polônia devido às restrições relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
Não é a primeira vez que protestos desse tipo ocorrem na Polônia. Em novembro do ano passado, uma manifestação semelhante também foi realizada em Varsóvia, lembrando o 102º aniversário da conquista do sufrágio feminino no país.
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As manifestações foram desencadeadas pela decisão do Tribunal Constitucional da Polônia, de outubro de 2020, que entendeu que o aborto devido a defeitos fetais é inconstitucional. Em 27 de janeiro deste ano, o tribunal confirmou sua decisão.
Depois que a decisão entrar em vigor, as mulheres na Polônia poderão interromper legalmente a gravidez apenas em caso de estupro ou de ameaça à saúde.