Itália: hospitais voltam a ficar saturados por variante britânica da COVID-19

© Folhapress / Cecilia FabianoProfissionais da saúde atendem paciente infectado pela segunda onda da COVID-19 no Hospital San Filippo Neri, em Roma, na Itália
Profissionais da saúde atendem paciente infectado pela segunda onda da COVID-19 no Hospital San Filippo Neri, em Roma, na Itália - Sputnik Brasil, 1920, 09.03.2021
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Um ano depois de a Lombardia ter se transformado no epicentro da pandemia do coronavírus na Itália, a falta de leitos nos hospitais volta a assombrar a região italiana.

Segundo a agência de notícias Associated Press, o hospital M. Mellini, na cidade de Chiari, está sem leitos para os pacientes afetados por uma variante altamente contagiosa da COVID-19, identificada pela primeira vez no Reino Unido, e que colocou em alerta máximo os hospitais da província de Bréscia, no norte da Itália.

"Sabemos que há pacientes na sala de emergência, mas não sabemos onde colocá-los", disse à AP o médico Gabriele Zanolini, que é responsável pela ala para doentes de COVID-19 no hospital situado no vale do rio Pó, que possui capacidade para 160 leitos.

"Para mim, isso é angustiante, não poder dar uma resposta às pessoas que precisam de atendimento. O momento mais difícil é retornar ao estado de emergência depois de tanto tempo", acrescentou Zanolini.

A nova onda de doentes, agora infectados com a variante britânica, resultou em uma ocupação superior a 90% de todas os leitos de hospitais na província de Bréscia, que faz divisa com as regiões de Vêneto e Emília-Romanha. Na última segunda-feira (8), a Itália ultrapassou o limite de 100 mil mortes causadas pela pandemia, quase um ano depois do lockdown severo provocado pela crise sanitária, o primeiro em países do Ocidente.

O governo italiano, por sua vez, está analisando novas medidas para frear o surto de casos atribuídos a variantes do vírus, que inclui as cepas identificadas no Brasil e na África do Sul.

Com a prevalência da variante britânica na Itália, que está sendo transmitida por crianças e adolescentes em idade escolar ao resto de suas famílias, todas as escolas de Lombardia retomaram as aulas não presenciais, assim como diversas regiões do sul do país, onde o sistema de saúde é mais frágil.

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