Sem uma câmera especial, muito provavelmente você nunca conseguirá notar a longa "cauda" lunar, que se assemelha à de um cometa, indica o portal Futurism.
Carl Sagan, autor da famosa saga "Cosmos", disse uma vez que a Terra não é mais que "uma partícula de poeira suspensa em um raio de Sol". Agora, imagine o espanto se ele soubesse que, afinal, parece que a Terra é a mesma partícula de poeira, mas suspensa na "cauda" da Lua.
A "cauda" em questão é uma corrente de partículas que se separaram da Lua, pois uma vez que não tem atmosfera, está mais exposta a atritos com meteoritos que, ao chocarem com a sua superfície vulcânica, vários átomos de sódio se lançam bem alto em órbita. Por sua vez, os fótons do Sol colidem com esses átomos, afastando-os para bem longe da estrela e formando uma estrutura que se assemelha a uma cauda vinda do satélite natural da Terra, conforme explicado no The New York Times.
The Moon has a comet-like tail and every month it shoots a beam around Earth. This animation by @physicsJ based on simulations by Jody K. Wilson, shows how sodium atoms ejected from the lunar surface are affected by the Moon’s orbit around planet Earth https://t.co/hrFhlwg1FZ pic.twitter.com/SIGfVqOXVo
— Massimo (@Rainmaker1973) March 5, 2021
A Lua tem uma cauda semelhante à de um cometa, e a cada mês lança um feixe a redor da Terra. Esta animação de @physicsJ, baseada em simulações de Jody K. Wilson, mostra como os átomos de sódio ejetados da superfície lunar são afetados pela órbita da Lua em torno do planeta Terra
A pesquisa elaborada deste fenômeno foi realizada por uma equipe de físicos da Universidade de Boston, e publicada no Journal of Geophysical Research: Planets.
A "cauda" da Lua segue atrás desta em sua órbita em volta do Sol, e não em volta da Terra, o que lhe pode conferir a aparência de uma linha reta do ponto de vista terrestre. Tal fenômeno pode apenas ser capturado por certas câmeras e, mais provavelmente, em noites de lua nova.
Teria o fenômeno em questão alguma praticidade científica? Segundo Jeffrey Baumgardner, pesquisador sênior do Centro de Física Espacial da Universidade de Boston e autor principal da pesquisa, "provavelmente não", explicando que a pesquisa em si foi apenas feita por mera curiosidade.