Graças a seu radar único, alta velocidade e armamento potente, estes aviões são candidatos ideais para lutar contra tais alvos. Isto é especialmente atual após expiração do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário. De acordo com especialistas, em caso de surgimento de ameaças, os caças serão capazes de criar em alguns minutos uma cúpula protetora sobre o território do país contra mísseis de várias classes.
Fontes do Ministério da Defesa russo contaram ao Izvestia que já no ano passado novos exercícios de interceptação de alvos-imitadores de mísseis balísticos tinham sido incluídos no programa de treinamento de combate em modo experimental. No final desse trabalho, decidiu-se fazer alastrar esta prática a todas as unidades de caças-interceptadores MiG-31.
"Estes aviões podem atuar em grandes altitudes, por isso, eles são capazes combater eficazmente mísseis balísticos", disse o ex-comandante do 4º Exército de Força Aérea e Defesa Antiaérea, tenente-general Valery Gorbenko.
Até o início de 2021, mais de uma centena de MiG-31 foram modernizados para a versão MiG-31BM. Planeja-se renovar totalmente sua frota até 2023. Não foi apenas prolongado o prazo de serviço dos caças e seus motores pelo menos até meados de anos 2030, mas também foram aumentadas radicalmente as capacidades de combate em 2,6 vezes, segundo avaliações de desenvolvedores.
Hoje em dia, o radar modificado Zaslon-M permite ao caça detectar o adversário a 320 quilômetros de distância. Agora ele é capaz de o atingir quase à mesma distância com mísseis de longo alcance. Simultaneamente o avião de combate pode monitorar dez alvos aéreos e disparar contra seis.
O MiG-31 é o mais potente caça-interceptador com altos indícios de velocidade, altitude e distância de voo. As características e o arsenal de armamentos permitem ao caça destruir quaisquer alvos aéreos – desde drones até veículos hipersônicos.