A nova denunciante disse que Cuomo a tocou indevidamente, segundo a mídia local informou nesta terça-feira (9). O democrata de 63 anos, no entanto, se manteve firme, descartando mais uma vez a renúncia ao cargo.
Dizendo que "não tinha conhecimento" da nova denúncia, o governador reiterou que aguardaria os resultados de uma investigação independente supervisionada pela procuradora-geral estadual Letitia James.
"Toda mulher tem o direito de se pronunciar. Deixe a investigação obter os fatos e partiremos daí", disse Cuomo, segundo o CNY Central.
De acordo com o jornal Times Union, a nova denúncia foi feita por uma funcionária de Cuomo que preferiu não se identificar, e o incidente ocorreu na residência oficial do governador, no ano passado.
Ela não apresentou queixa, mas suas denúncias foram encaminhadas ao departamento jurídico do governador e à Procuradoria-Geral do estado, segundo o veículo.
Em 28 de fevereiro, Cuomo reconheceu, pela primeira vez, que parte de seu comportamento com as mulheres foi "mal interpretado como flerte indesejado", e prometeu cooperar com uma investigação para apurar as alegações. Segundo ele, as "brincadeiras" sobre as vidas pessoais das mulheres que o denunciaram eram tentativas de ser "amistoso".
O governador Andrew Cuomo está no poder há dez anos, e seu mandato expirará em 2022. Inicialmente elogiado no ano passado pela forma como lidou com a pandemia, o democrata sofreu um grande revés após as acusações. Muitos pedem sua renúncia.
Os republicanos iniciaram o processo de impeachment contra Cuomo na legislatura estadual, onde os democratas têm maioria. As chances de sucesso do pedido de impedimento são incertas, já que o recurso exige maioria simples na Câmara, além de maioria de dois terços no Senado.