Pesquisadores israelenses contam que pessoas que tomam aspirina em pequenas doses têm 29% menos probabilidade de testar positivo para COVID-19, e, caso estejam infectadas, sua recuperação demorará menos e os efeitos secundários serão reduzidos, reporta o The Times of Israel.
Os cientistas examinaram 10.477 resultados em referência cruzada de vários relatórios médicos que indicavam que remédios cada paciente estava tomando. No final, ficaram "muito entusiasmados por notarem uma grande redução na proporção de pessoas testando positivo [para COVID-19], e isto nos dá uma indicação promissora de que a aspirina, conhecida por seu preço acessível, possa ajudar na luta contra a pandemia", comentou Milana Frenkel-Morgenstern, da Universidade de Bar-Ilan, citada pela mídia.
O estudo, conduzido pela Universidade Bar-Ilan, pelos Serviços de Saúde Leumit e pelo Centro Médico Barzilai, se focou em pessoas que tomam apenas 75 miligramas do medicamento para prevenir doenças cardiovasculares. Os resultados foram ajustados de acordo com a idade e comorbidades de cada paciente, e foram publicados no jornal FEBS.
Frenkel-Morgenstern diz ainda não saber que mecanismo é utilizado pela aspirina para, aparentemente, reduzir os riscos de infecção, mas acredita que o medicamento possa encurtar o tempo de vida da mesma devido às suas qualidades anti-inflamatórias.
Esta descoberta poderá, provavelmente, levar a mais estudos, porém, Frenkel-Morgenstern sublinha que não está recomendando que as pessoas comecem a tomar aspirina sem prescrição médica.