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Bolsonaro ataca medidas de restrição no DF: 'Estado de sítio'

© Folhapress / Pedro LadeiraPresidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro - Sputnik Brasil, 1920, 11.03.2021
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Nesta quinta-feira (11), o presidente do Brasil Jair Bolsonaro classificou como "estado de sítio" as medidas de restrição contra o coronavírus determinadas pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Na segunda-feira (8), o governador Ibaneis Rocha decretou o toque de recolher entre 22h00 e 05h00 até 22 de março, uma medida para tentar frear a disseminação do coronavírus no Distrito Federal, que já enfrenta o risco de colapso nos hospitais.

Bolsonaro, no entanto, afirmou que apenas ele, como presidente da República, poderia tomar uma medida como essa, após passar pelo crivo do Congresso Nacional.

"Até quando nós vamos resistir a isso daí? Aqui no DF toma-se medida por decreto de estado de sítio [sobre toque de recolher]. De 22h00 às 05h00 da manhã ninguém pode andar. Só eu poderia tomar uma medida dessa e, assim mesmo, ouvindo o Congresso Nacional", disse o presidente, segundo o site de notícias G1.

As declarações foram feitas durante uma videoconferência com parlamentares da Frente da Micro e Pequena Empresa, na qual ele também criticou as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para mitigar o surto de COVID-19 em seus territórios.

"Até quando nós podemos aguentar essa irresponsabilidade do lockdown? [...] O efeito colateral do combate ao vírus está sendo mais danoso do que o próprio remédio. Lockdown não é remédio", afirmou o presidente.

Demonstrando uma certa mudança de postura, que se evidenciou nos últimos dias, Bolsonaro também falou sobre as vacinas contra a COVID-19. Os imunizantes foram alvos de seus questionamentos em diversas ocasiões, mas hoje (11) ele voltou a negar que atuou contra o imunizante no passado.

"Nunca neguei a vacina. Lá atrás, falei que não tomaria uma vacina sem passar pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. É isso que eu fiz. Passou, vamos comprar", declarou.

Por fim, o presidente lamentou as mortes por COVID-19 no Brasil, que se aproximam de 300 mil, e acrescentou que vai fazer o possível para "zerar" o número de óbitos relacionados à doença no país.

"Lamento todas as mortes que ocorrem, todas as mortes. Lamento essa desgraça que se abateu sobre o mundo, mas temos que olhar para frente, buscar minimizar a dor dessas pessoas, buscar maneiras de salvá-las. Como eu disse no começo, toma vacina", afirmou.

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