De acordo com o superintendente de vigilância em Saúde da secretaria municipal de Saúde, Márcio Garcia, houve uma inversão na tendência dos casos de COVID-19 nas últimas semanas por conta do aumento no número de atendimentos na rede.
Do final do ano passado até janeiro, o Rio de Janeiro vivia uma tendência de redução nos atendimentos no postos de saúde. E entre o final de janeiro e fevereiro o cenário foi classificado como de estabilidade.
Com a inversão na tendência em março, a prefeitura do Rio decidiu ampliar até o dia 22 de março as medidas de restrição na cidade após verificar um aumento nos atendimentos nas unidades de emergência.
A Sputnik Brasil foi às ruas do Rio de Janeiro para conversar com a população carioca sobre o mais recente decreto do prefeito Eduardo Paes ante ao aumento dos casos da COVID-19 na cidadehttps://t.co/0QdyM2wwkU
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 6, 2021
"Todas as medidas anunciadas na semana passada, mantidas e ampliadas hoje, umas com algum grau de flexibilização, são preventivas. Nós não vamos ficar esperando lotar as emergências, as UTIs e os hospitais e as pessoas começarem a morrer", disse o prefeito Eduardo Paes.
"Os números de hoje apontam para uma situação difícil daqui a um tempinho. É uma semana? São dez dias? Torço para que nem venha, mas a gente tem que evitar. Por isso se toma atitude. Evita agora para não ter que ficar chorando a morte de ninguém depois. Para que, da gente, não tenha um genocídio", acrescentou.
De acordo com Eduardo Paes, a prefeitura passou a considerar os dados dos atendimentos porque eles permitem uma ação preventiva em relação à pandemia.
"A gente tem uma ampliação no número de casos de pessoas que procuram os atendimentos de saúde com sintomas da COVID-19. É esse o número que nos faz tomar medidas preventivas. Não vamos esperar a curva de mortes subir para que nós tomemos qualquer atitude. O que estamos fazendo neste momento é evitar que a curva de mortes suba em qualquer hipótese", completou Paes.