No centro de muitas galáxias estão buracos negros supermassivos de 105 a 1011 massas solares. No entanto, a origem destes objetos gigantes ainda é desconhecida.
Astrofísicos do Japão, Taiwan e Rússia criaram um modelo que considera as supernovas supermassivas antepassados de buracos negros supermassivos, segundo estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
De acordo com os cálculos dos cientistas, uma dessas supernovas poderá ser vista pelo telescópio JWST, que será lançado em 2021.
A possibilidade de existência de supernovas instáveis relativistas, formadas durante explosão de estrelas supermassivas primárias de 104 a 105 massas solares, foi justificada em pesquisa de 2014 por um dos autores do novo estudo Ke-Jung Chen, do Instituto de Astronomia e Astrofísica de Taiwan (ASIAA, na sigla em inglês).
"Poderia haver um pequeno número das primeiras estrelas no Universo precoce de dezenas de milhares de massas solares. São provavelmente as progenitoras de buracos negros supermassivos em galáxias. Quanto mais maciça a semente do buraco negro, mais eficaz pode engolir a matéria circundante. Os buracos negros não precisam manter uma alta taxa de acreção para crescer rapidamente", explicou Chen.
Atualmente, baseando-se no modelo teórico de supernova supermassiva, proposto por Chen, os cientistas realizaram cálculos de transmissão de emissão de estrelas antigas e provaram que o telescópio JWST pode observar uma supernova, apesar da possibilidade de grande parte de estrelas supermassivas já ter colapsado em buracos negros nos primórdios do Universo.
Se o telescópio espacial conseguir registrar a primeira supernova massiva, o surgimento de buracos negros de estrelas supermassivas precoces seria justificável.