Nesta sexta-feira (12), o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul anunciou o cancelamento do intercâmbio de defesa com Mianmar e a proibição de exportações de armas para o país, segundo a Reuters.
A justificativa é o momento político em que Naypyidaw se encontra após sofrer golpe de Estado e instalação de regime militar em 1º de fevereiro, assim como as contínuas ações violentas por parte do governo - incluindo a morte de mais de 54 manifestantes e 1.700 prisões arbitrárias - durante os protestos populares que vieram a seguir.
"Apesar das repetidas demandas da comunidade internacional, incluindo a Coreia do Sul, há um número crescente de vítimas em Mianmar devido a atos violentos das autoridades militares e policiais", disse o ministério em um comunicado citado pela Reuters.
O governo sul-corenano também limitará as exportações de outros itens estratégicos, vai reconsiderar a ajuda ao desenvolvimento do país e concederá isenções humanitárias a cidadãos de Mianmar em Seul até que a situação melhore, segundo a mídia.
Ativistas realizaram mais comícios nesta sexta-feira (12), um dia após um grupo de direitos humanos relatar que os militares mataram 12 manifestantes que pediam o retorno à democracia no país, de acordo com a Reuters.
Também nessa sexta-feira (12), monges budistas sul-coreanos e mianmarenses que vivem na Coreia do Sul se deitaram na estrada durante protesto pedindo a recuperação da democracia em Naypyidaw em frente à embaixada do país em Seul.
O país do Sudeste Asiático está em crise desde que o Exército depôs o governo eleito de Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro, e a deteve junto com outros políticos do partido Liga Nacional para a Democracia.