A cepa foi identificada pela primeira vez em novembro do ano passado, em São Paulo, mas só agora foi descrita oficialmente e classificada como N9.
Com o descontrole da pandemia no país, a mutação já está presente em praticamente todas as regiões. Apenas o Centro-Oeste ainda não registrou um caso da variante.
Além de mais transmissível, os especialistas acreditam que ela também tenha capacidade maior de escapar dos anticorpos. Por isso, ainda não se sabe ao certo se as vacinas serão eficazes contra esta cepa.
A pesquisa contou com 195 amostras de pacientes com COVID-19, colhidas em 39 municípios de cinco estados: Amazonas, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
O trabalho, assinado por pesquisadores da Rede Corona-ômica, do Laboratório Nacional de Computação Científica, será publicado na revista científica Genomic Epidemiology, conforme divulgado pelo jornal Estadão.
"A identificação da nova variante foi feita em um pequeno número de amostras, mas nos causa preocupação porque já está em praticamente todo o país", afirmou o virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-ômica.
A pesquisa também teve a colaboração de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal da Paraíba, da Universidade Estadual de Santa Catarina e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
A Fiocruz informou que também já identificou a nova variante em amostras.