Regina Santa Cruz, nona juíza de Investigação Criminal de La Paz, ordenou no domingo (14) quatro meses de prisão preventiva para a ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez. O Ministério Público havia pedido uma pena de seis meses.
Com os ex-ministros Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán, Áñez foi acusada de sedição, conspiração e terrorismo.
Após ouvir a sentença, a ex-presidente interina escreveu em sua conta no Twitter que ela estava sendo enviada para a prisão "para aguardar julgamento por um 'golpe' que nunca aconteceu".
Como hemos denunciado, el MAS decide y el sistema judicial obedece: me envían 4 meses detenida para esperar el juicio por un "golpe" que nunca ocurrió. Desde aquí llamo a Bolivia a tener fe y esperanza. Un día, entre todos, levantaremos una Bolivia mejor.
— Jeanine Añez Chavez (@JeanineAnez) March 15, 2021
Como denunciamos, o [partido em poder] MAS decide e o sistema judicial obedece: eles me mandam para a cadeia por quatro meses para aguardar julgamento por um "golpe" que nunca aconteceu. Daqui eu convido a Bolívia a ter fé e esperança. Um dia, entre todos nós, criaremos uma Bolívia melhor.
Coímbra e Guzmán receberam a mesma sentença após a audiência, que durou nove horas.
Áñez foi presa como parte de uma investigação sobre os eventos de 2019 na Bolívia, nos quais o então presidente, Evo Morales, foi forçado a renunciar, depois de enfrentar manifestações em massa por alegações de fraude eleitoral. A acusação agora considera os eventos de 2019 um golpe de Estado.