Mourão comentou sobre a atuação de Pazuello na pandemia de COVID-19 em um momento em que o ministro está prestes a ser substituído no comando da pasta.
"A realidade é que a gestão do Pazuello vem sendo muito criticada, muito contestada. Pazuello tem demonstrado resiliência, sei que tem que suportar o peso das críticas. Talvez outra pessoa não suportasse tudo o que ele vem suportando. Tenho muita confiança no Pazuello, o conheço há muito tempo", disse Mourão na chegada ao Palácio do Planalto, de acordo com o Estadão.
O atual ministro deve mesmo deixar o cargo em breve. Conforme noticiou a imprensa nesta segunda-feira (15), a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite para comandar a pasta.
Segundo o Estadão, três novos nomes estão sendo avaliados para o cargo: Marcelo Queiroga, atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, José Antonio Franchini Ramires, professor titular do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, e o deputado Luiz Antônio Teixeira Júnior (PP-RJ), que é médico ortopedista.
Para Mourão, a pasta "sempre será um cargo político".
"A gente sabe que no Congresso tem alguns com experiência no Sistema Único de Saúde [SUS], o que é, na minha visão, um requisito importante. Tudo depende dos técnicos que a pessoa se cercar", disse.
Sobre a situação crítica em que se encontra o país, no auge da pandemia, com recordes de mortes e casos, o vice-presidente responsabilizou a população.
"A nossa população não gosta de respeitar regras, não é da natureza do nosso povo. O nosso povo é um povo mais libertário, gosta de circular pelas ruas e de fazer festa. Em um momento em que se tem que passar dois ou três meses sem usufruir desses prazeres da vida, são poucos os que aguentam", afirmou Mourão.