Pazuello convocou uma coletiva de imprensa e disse que não pedirá demissão.
"Eu não vou pedir para ir embora. Não é da minha característica, eu não vou pedir para ir embora. Nem eu nem o Élcio [Franco, secretário-executivo] nem nenhum de nós que está aqui. Isso não é um jogo, não é uma brincadeira", declarou.
Segundo o ministro, a decisão de uma possível troca no comando do Ministério da Saúde cabe ao presidente. As informações foram publicadas pelo portal G1.
"O presidente, sim, está pensando em substituição, está avaliando nomes", confirmou.
Mais cedo, a médica Ludhmila Hajjar, cotada para substituir Pazuello na pasta, disse que não aceitou o convite de Bolsonaro por uma falta de "convergência técnica" com o presidente.
Caso a saída de Pazuello se concretize, será a terceira substituição no comando do Ministério da Saúde durante a pandemia da COVID-19 no país.
Governo anuncia contrato com Pfizer e Janssen
Pazuello aproveitou a coletiva de imprensa para anunciar um acordo do Ministério da Saúde com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Janssen para compra de vacinas contra a COVID-19.
Segundo o ministro, o Brasil fechou acordo de compra de 100 milhões de doses da Pfizer e outras 38 milhões da Janssen, vacina de dose única do grupo Johnson & Johnson.
Pazuello contabilizou 562,9 milhões de doses contratadas pelo governo com entregas previstas até o fim de 2021.
"Óbvio que tem mais vacina do que brasileiro, mas essas vacinas se mantêm na validade para 2022. E nós temos que ter estoque. E nós não podemos contar com 100% das entregas. Há oscilações".