Segundo um estudo recente publicado na revista Patterns Journal, este vírus virtual imita o comportamento de propagação do patogênico responsável pela COVID-19, isto é, os celulares apenas ficarão "infectados" caso estejam perto de outros celulares que contenham o vírus virtual.
Os especialistas criaram "tokens" virtuais chamados de fios Safe Blues que, por sua vez, atuam de modo semelhante a um vírus real, sendo transmitidos a outros dispositivos móveis via Bluetooth. Estes foram criados para constatar a eficácia das medidas de distanciamento social, bem como comprovar os diferentes tempos de incubação e de possibilidades de contágio pelo coronavírus.
Além disso, com a ajuda de um aplicativo Android, os pesquisadores podem medir com maior precisão a forma como o SARS-CoV-2 é transmitido. Eles explicam que enquanto nas epidemias biológicas as medições de infecção quase sempre se atrasam, neste modelo virtual estas podem ser medidas em tempo real.
Os cientistas apontam que os modelos também poderiam ajudar a detectar uma segunda onda de contágios, concluindo que a longo prazo podem facilitar o trabalho das autoridades de saúde, e ajudá-las a dar uma resposta mais rápida aos casos e, inclusive, "estimar o efeito potencial das decisões" tomadas durante uma epidemia.