"Isso poderia acontecer", afirmou Biden quanto à retirada de todas as forças militares norte-americanas de solo afegão, adicionando ser um processo "difícil".
O presidente dos Estados Unidos também notou que a decisão final sobre o prazo de saída dos últimos 250 mil soldados do Afeganistão ainda não foi tomada, e agora Washington está consultando aliados sobre o assunto.
"O fato é que não houve um acordo fortemente negociado [com Talibã] e trabalhado pelo presidente – ex-presidente [Donald Trump]. Então, nós estamos em consultas com nossos aliados bem como com o governo, e esta decisão vai ser [tomada] – está em processo agora", detalhou Biden.
Os Estados Unidos e o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia) celebraram um acordo no ano passado que prevê a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em troca de ações do Talibã, que prometeu deixar de atacar forças norte-americanas e iniciar conversações de paz com Cabul.
Logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o governo dos EUA decidiu invadir o território do Afeganistão, acusando o Talibã de estar por trás dos ataques e apoiar o então líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.
Desde o referido ano, forças de uma coalizão internacional estiveram em conflito direto com o Talibã. Contudo, em 29 de fevereiro de 2020, os EUA e o Afeganistão assinaram um tratado de paz que estabelecia a retirada das tropas norte-americanas de solo afegão, bem como das outras forças estrangeiras.