General dos EUA: novas armas russas complicam capacidade norte-americana de detectá-las

Míssil Padrão 6 (SM-6) - Sputnik Brasil, 1920, 18.03.2021
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Glen VanHerck, general da Força Aérea e chefe do Comando Norte dos EUA, afirmou na terça-feira (16) que a Rússia continua sendo o "desafio mais grave para a nossa missão de defesa da pátria", mesmo que a atenção esteja focada na China como a maior ameaça emergente.

Os contínuos desafios militares apresentados pela Rússia ficaram em segundo plano durante a administração do presidente Donald Trump, e a China segue sendo definida pelo secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, como a "ameaça progressiva" que estabelecerá as capacidades necessárias para os EUA, escreve Bloomberg.

"Os líderes russos procuram corroer nossa influência, impor seu domínio regional e recuperar o seu status de potência global através de uma estratégia integrada de governo", afirmou general em um registro escrito à Comissão das Forças Armadas do Senado.

As operações militares russas incluem vários voos de bombardeiros pesados, aeronaves antissubmarino e plataformas de coleta de informações de inteligência perto do Alasca que mostram "o alcance militar da Rússia e como eles [os russos] ensaiam ataques contra nossa pátria", ressaltou.

Glen VanHerck afirmou ainda que, nos últimos anos, a Rússia tem implantado "avançadas armas cibernéticas e de contenção espacial, e uma nova geração de mísseis de cruzeiro de longo alcance e de alta precisão contra alvos terrestres – incluindo hipersônicos" que "complicam a nossa capacidade de detectar e se defender de ataque aéreo, marítimo e até mesmo [de ataques] a partir de solo russo".
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensTestes do míssil de cruzeiro russo Burevestnik com propulsão nuclear
General dos EUA: novas armas russas complicam capacidade norte-americana de detectá-las - Sputnik Brasil, 1920, 18.03.2021
Testes do míssil de cruzeiro russo Burevestnik com propulsão nuclear

De acordo com o militar dos EUA, Moscou espera colocar em campo de batalha armas ainda mais avançadas "destinadas a garantir a sua capacidade" de atacar os EUA, incluindo o "torpedo transoceânico Poseidon e o míssil de cruzeiro nuclear Burevestnik que, se aperfeiçoados, poderiam permitir [realização] de ataques de praticamente qualquer vetor devido ao alcance e resistência extremos", alertou.

Em relação à China, VanHerck disse que o país asiático continua "empenhado em uma estratégia geopolítica agressiva que busca minar a influência dos EUA em todo o mundo e moldar o ambiente internacional a seu favor", concluiu.

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