Os contínuos desafios militares apresentados pela Rússia ficaram em segundo plano durante a administração do presidente Donald Trump, e a China segue sendo definida pelo secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, como a "ameaça progressiva" que estabelecerá as capacidades necessárias para os EUA, escreve Bloomberg.
"Os líderes russos procuram corroer nossa influência, impor seu domínio regional e recuperar o seu status de potência global através de uma estratégia integrada de governo", afirmou general em um registro escrito à Comissão das Forças Armadas do Senado.
As operações militares russas incluem vários voos de bombardeiros pesados, aeronaves antissubmarino e plataformas de coleta de informações de inteligência perto do Alasca que mostram "o alcance militar da Rússia e como eles [os russos] ensaiam ataques contra nossa pátria", ressaltou.
Glen VanHerck afirmou ainda que, nos últimos anos, a Rússia tem implantado "avançadas armas cibernéticas e de contenção espacial, e uma nova geração de mísseis de cruzeiro de longo alcance e de alta precisão contra alvos terrestres – incluindo hipersônicos" que "complicam a nossa capacidade de detectar e se defender de ataque aéreo, marítimo e até mesmo [de ataques] a partir de solo russo".
De acordo com o militar dos EUA, Moscou espera colocar em campo de batalha armas ainda mais avançadas "destinadas a garantir a sua capacidade" de atacar os EUA, incluindo o "torpedo transoceânico Poseidon e o míssil de cruzeiro nuclear Burevestnik que, se aperfeiçoados, poderiam permitir [realização] de ataques de praticamente qualquer vetor devido ao alcance e resistência extremos", alertou.
Em relação à China, VanHerck disse que o país asiático continua "empenhado em uma estratégia geopolítica agressiva que busca minar a influência dos EUA em todo o mundo e moldar o ambiente internacional a seu favor", concluiu.